sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

D. JOÃO V

D. JOÃO V, 1689-1750 (subiu ao trono em 1706)

(1ª parte)

«Não ficam por aqui as «prodigalidades» de El-Rei, tendentes a beneficiar o País: Manda levantar o mosteiro de Mafra, o Aqueduto das Águas Livres, o hospital das Caldas e outros monumentos, que dão que fazer a milhares de operários durante muitos anos; funda uma fábrica de pólvora na Ribeira de Alcântara; protege as antigas fábricas de lanifícios da Covilhã, que, a partir de 1710, começam a fornecer todo o pano necessário para o exército, de melhor qualidade do que o que vinha do estrangeiro; cria indústrias de sedas, tecidos de ouro e prata, e confia a direcção da fábrica da Cotovia a Robert Godin, que consegue que a produção portuguesa de tecidos dêste género não seja inferior à de Lião; transforma as indústrias de vidros, e transfere para a Marinha Grande a fábrica mais tarde desenvolvida por Guilherme Stephens; funda a fábrica de papel da Lousã e proïbe a exportação do trapo; manda abrir explêndidas estradas; promove o desenvolvimento do comércio colonial e compra alfaias agrícolas que manda distribuir aos colonos pobres do Brasil; cria o Arsenal de Lisboa para a construção de navios; manda «ir ao Paço a nobre arte de impressão, fazendo na sua real presença compor os caracteres e imprimir»; concede isenções tributárias à fábrica da vila dos Povos, que produzia atanados, bezerros, camurças e outras peles curtidas; manda fabricar instrumentos de precisão, tais como relógios hidráulicos, de sol, de algibeira e de madeira, semelhantes aos de metal;»

Fonte: História de Portugal (II Volume), António G. Matoso, 1939, Livraria Sá da Costa – Editora Lisboa.